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Humberto e seus trios

Terça-feira à noite, 30, véspera de feriado e a casa de show, localizada na zona sul de São Paulo, não parava de receber um público eufórico para única apresentação de Humberto Gessinger no Tom Brasil. Confira a cobertura do Blog Rock 80 Brasil logo abaixo!

Àqueles que não puderam presenciar a temporada de shows acústicos que o portalegrense Humberto Gessinger fez na capital paulista há três meses, no Sesc Pompeia, não perderam a chance de vê-lo em um formato ainda melhor: liderando, distintamente, Dois Trios – sim, um trio acústico e um elétrico.

Ao toque do terceiro sinal, a plateia se acomodou em seus devidos lugares e esperaram, atentamente, os primeiros acordes que soavam do violão de Gessinger. Era a canção “A montanha” com a junção de “O voo do besouro”.

Muito bem acompanhado ao lado de Nando Peters no contrabaixo e o Paulinho Goulart no acordeom, Humberto reviveu seus grandes sucessos como “Somos quem podemos ser”, “Armas químicas e poemas” e “Terra de Gigantes”.

O músico também resgatou algumas canções lado B de sua carreira com os Engenheiros do Hawaii para contemplar a primeira parte acústica do show, como as melodias “Quanto vale a vida”, “Ando só”, “Realidade virtual” e “Nuvem”. Teve espaço também para o trio tocar as canções recentes de Humberto Gessinger nesta atual fase solo, intituladas “Pra caramba”, “Das tripas coração” e “Cadê”.

Para a surpresa dos fãs, Gessinger convidou Esteban Tavares para cantar “Bem a fim”. Composta pelos dois, a música nova estará no próximo disco de estúdio do HG, com título ainda não divulgado e com lançamento previsto para outubro deste ano.

Em uma harmonia sem botar defeitos, o show acústico encerrou com os arranjos de “3×4”, fazendo com que os músicos saíssem do palco sincronizados. E num piscar de olhos, as cortinas vermelhas do Tom Brasil se abriram para segunda parte do show: era a vez do trio elétrico gaúcho se apresentar.

Foi perceptível a dificuldade de os fãs permanecerem em seus lugares ao som de “Infinita highway”, “Até o fim”, “Desde aquele dia” e “Bora” que fizeram com que todos se sentissem contagiados por Humberto Gessinger, Felipe Rotta e Rafael Bisogno durante o espetáculo.

Outros tantos sucessos assinados por Humberto estiveram no setlist, como as inconfundíveis “Surfando Karmas e DNA”, “Refrão de bolero”, “Piano bar”, “De fé” e “Vida real”.

Deu para sentir o entusiasmo dos fãs em “Sua graça” e “Mapas do acaso”, mas a segunda surpresa do show foi ouvir e ver ao vivo a versão de “Herdeiro de Pampa Pobre” que o trio preparou par’aquela ocasião.

Para encerrar as duas horas de show, no bis, Gessinger retornou ao palco e cantou “Perfeita Simetria”. Em seguida, convidou os músicos e, mais uma vez, o Esteban Tavares para cantar “O preço” e “A revolta dos Dândis I”.

Foi uma noite em que o Humberto Gessinger mostrou toda a sua vitalidade em mais de 30 anos de carreira muitos bem vividos, por sinal.

Fotos concedidas gentilmente pela fotógrafa Teca Lamboglia.

Jornalista, apaixonada por música, café e literatura. E atua como redatora do blog Rock 80 Brasil desde agosto de 2012. Portfólio: http://ellenvisitario.wixsite.com/portfolio