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Os + de 40 anos do Voo do Ritchie

Fabricio Mazocco – texto e fotos

São mais de 40 anos do lançamento do primeiro disco, o Voo de Coração, e muitos sucessos. E um pouco desses 40 anos está nos palcos. Estamos falando do Ritchie, nosso artista inglês de alma brasileira desde 1972, quando chegou por aqui junto com os Mutantes da Rita Lee. No último sábado, 11 de maio, ele esteve em Araraquara (SP) e, é claro, o Rock 80 Brasil tava lá para contar o que aconteceu.

Pontualmente às 22 horas, as luzes se apagam. Um Ritchie em holografia surge no palco e entra a banda. O Ritchie real entra e as mais de uma hora e meia de show começa com a música “No Olhar”, a mesma que abre o álbum comemorativo, seguida com o grande sucesso “A Vida Tem Dessas coisas”, com um grande público cantando junto. As duas são composições de Ritchie e Bernardo Vilhena. Ritchie fala dessa parceria e anuncia a próxima canção, também de Ritchie e Bernardo, “Lágrimas Demais”. “Bernardo tem essa capacidade de fazer uma letra que vai ganhando sentido ao longo do tempo. Essa daqui foi feita em 2002, mas poderia ter sido escrita ontem”, contou Ritchie.

Em seguida “A Mulher Invisível” e no telão imagens de mulheres de vários campos (política, música, artes, cinema, social etc) e a última delas é a nossa rainha do rock Rita Lee, que nos deixou ano passado. Ritchie então conta a história de sua vinda da Inglaterra para o Brasil após ter conhecido Rita Lee e os Mutantes, em 1972.

Continua com “Loucura e Mágica”, “Shy Moon”, sucesso gravado por Caetano Veloso e Ritchie dele, “Saudade Sem Paisagem”, single lançado recentemente, “Voo de Coração”, “Preço do Prazer” e “Telenotícias”, tudo com imagens no telão.

Hora der reviver a canção “Agora ou Jamais”, do Tigres de Bengala, projeto que reuniu grandes nomes como Ritchie, Cláudio Zoli, Vinícius Cantuária, Dadi, Mú e Billy Forghieri, cujo álbum foi lançado no início de 1993. Em seguida uma canção do Peter Gabriel e os clássicos dos clássicos: “Só Prá o Vento”, “Casanova”, “Transas” e, fechando a primeira parte do show, “Menina Veneno”.

Claro que tem bis: “Pelo Interfone”, “Elefante Branco”, outra do Tigres de Bengala, e a que Ritchie considera uma canção bem pessoal, a “Um Homem em Volta do Mundo”.

Não é fácil desfilar em um show mais de 40 anos de muito sucesso. Ritchie foi e sempre será um grande nome do rock brasileiro!!

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Fabricio Mazocco é jornalista, doutor em Ciência Política, professor universitário, fã de rock e criador do blog Rock 80 Brasil.