Na noite do último sábado, 30 de setembro, a capital porto-alegrense recebeu o músico Humberto Gessinger para o lançamento do álbum “Quatro Cantos de Um Mundo Redondo”
O local escolhido para a noite de estreia foi o Auditório Araújo Vianna, no Parque Farroupilha, que recebeu fãs não só de Porto Alegre, mas, também, de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e de tantos outros lugares.
A casa, que registrou ingressos esgotados às vésperas do show, comprovou que, independentemente, do tempo, Humberto Gessinger tem uma legião de admiradores que faz questão de rodar o país afora para acompanhar sua arte-ofício.
E, enfim, a noite começou. Um pouco depois de 21h, com o público que ainda se acomodava no espaço com a capacidade de 3.146 pessoas sentadas, Gessinger iniciou o show ao lado de Felipe Rotta (guitarra e violão) e Rafael Bisogno (bateria e percussão) que, juntos, emplacaram as faixas do recém-lançado álbum “Quatro Cantos de Um Mundo Redondo”, como “No Delta dos Rios” e “Espanto”.
Mas não foi somente com o “trio elétrico” – como o próprio Gessinger intitula – que este quarto trabalho solo do artista foi apresentado no Araújo Vianna. Em agosto deste ano, Humberto contou ao blog Rock 80 Brasil sobre as participações que iriam compor este disco, como a formação de um quarteto, com Fernando Petry no baixo, Diego Dias nos teclados e Luigi Vieira na bateria. Reunidos, a área total de 284m2 ficou pequena para os músicos que tocaram no palco “Toxina” e “Brinde”.
Os fiéis escudeiros de Humberto Gessinger, Nando Peters no contrabaixo e Paulinho Goulart no acordeon, o “trio acústico”, também fizeram parte da noite. Impecavelmente, “Fevereiro 13” e “Começa Tudo Outra Vez” – letra feita em parceria com a Roberta Campos -, estiveram no setlist.
Além das novidades d’Os Quatro Cantos de um Mundo Redondo, Gessinger destacou, no decorrer do show, músicas que fizeram parte da sua trajetória como líder dos Engenheiros do Hawaii, fazendo com que o público não parasse de cantar os sucessos da banda.
O bis trouxe a sensação de todos estarem em uma única festa, com seus devidos instrumentos. Sintonizados. Era perceptível como eles se sentiam à vontade naquela estreia.
Arrisco a dizer que esta foi a apresentação mais eufórica do Humberto no Araújo Vianna, a ponto de perceber que ele, mesmo com um certo nervosismo no início – afinal, não é todo dia que um artista no auge dos 38 anos de estrada lança um álbum – transmitiu sua veracidade em uma turnê que só está começando.