Se você tem Netflix na sua casa (se você não tem, provavelmente conhece alguém que tenha), está na hora de sentar no conforto do seu sofá (ou da sua cama, para quem gosta de assistir a Netflix nos aparelhos celulares) e assistir “Os quatro paralamas”, dirigido por Roberto Berliner e Paschoal Samora.

Quatro? Isso mesmo, quatro. Estamos falando de Bi Ribeiro, João Barone, Herbert Vianna e José Fortes, o amigo e empresário da banda. Como dever de casa, o Rock 80 Brasil assistiu ao documentário para poder comentar um pouco sobre ele.

O filme, começa com uma narração em primeira pessoa. É Roberto Berliner, amigo da banda e que registra imagens do grupo desde o início, lá do Circo Voador, passando pela primeira apresentação de Herbert após o acidente, até os dias atuais, com os quatro sentados e falando de suas histórias.
Vale lembrar que, no início da década de 80, a tarefa de filmar não era simples. Não havia os recursos que existem hoje. Mas Berliner conseguiu montar um acervo, que é mostrado em seu estado nu e cru, incluindo as falhas das fitas magnéticas (para você que nasceu depois de 2000, procure no Google).

Não há uma cronologia ou datas. O fã vai entender essa cronologia, mas aquele que não acompanha a banda de perto terá dificuldades de situar o tempo ao longo da narrativa.

João Fortes aparece como o quarto paralamas, assim como deve ser, afinal, o ex-estudante de engenharia está na banda desde os primeiros passos. Mesmo sem subir nos palcos, está em grande parte do filme. Se eu pudesse fazer uma sugestão, daria mais espaço ao tecladista João Fera, que poderia ser chamado de o “quinto” paralamas. Aparece poucas vezes e seu papel na banda é fundamental.

Para quem gosta de Rock 80 Brasil, assistir “Os quatro paralamas” é uma obrigação muito boa. Mas imagino a dificuldade em colocar em uma hora e meia 40 anos de histórias de uma das maiores bandas do país. Que venham outros documentários!