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Em nova turnê, Nenhum de Nós estreia “Doble Chapa” no Teatro J. Safra

No último sábado, 21, o blog Rock 80 Brasil presenciou mais um show do Nenhum de Nós no Teatro J. Safra, em São Paulo, com a estreia da turnê “Doble Chapa”.

Não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar…

O saguão do Teatro estava lotado de gerações. Pais com seus filhos, jovens, homens, mulheres e mais um punhado de gerações. Todos no desejo de presenciar o segundo show do Nenhum de Nós no palco do Teatro J. Safra.

O aviso sonoro soou pela terceira vez. Cada qual se dirigiu ao seu assento. Teatro lotado, plateia alvoroçada. Pontualmente às 21h30 a banda gaúcha subiu ao palco e emplacou “Sangue latino” e logo em seguida “Eu não entendo”.

Antes de cantar o novo single “Uma vida ordinária”, Thedy Corrêa ressaltou a importância da nova turnê “Doble Chapa”, como a união da música latina com o público brasileiro. Depois, a inabalável “Astronauta de Mármore” deu ar de sua graça em meio à multidão.

A “Sobre o tempo” e a “Dança do tempo” fizeram parte de um mesmo roteiro, respondendo uma a outra.

A segunda música do novo EP a ser tocada foi a “Despliega”, que antecedeu a vinda “Um girassol da cor de seu cabelo”, grande sucesso do Clube da Esquina.

Além da música “Fã de Faith no more”, “O aprendiz” também faz parte do projeto do Nenhum de Nós, que ganhou uma versão dos gaúchos a partir da canção original “El Aprendiz”, do grupo uruguaio Cuarteto de Noz.

O show foi marcado pelos hits “Amanhã ou depois”, “Julho de 83”, “Obsessão” e “De musica ligera”, homenageando a Soda Stereo.

Dentre tantos sucessos, o momento mais sublime foi a junção das canções “Foi amor” e “Você vai lembrar de mim”, fazendo com que o público se emocionasse a cada estrofe.

“Paz e amor” estava na ponta da língua de cada fã, assim como “Vou deixar que você se vá” e “Abraços e brigas”. Já a interação com o público estava tão imersa que a garotinha que estava completando mais um ano de vida, quase não acreditou quando o Thedy Corrêa, que assumiu o contra-baixo em algumas canções, atendeu o seu pedido ao cantar “Eu menti”.

Os gaúchos finalizaram o show com “Camila, Camila”, música escrita há mais de trinta anos, mas que traz uma mensagem ainda difícil aos dias atuais: a violência contra a mulher.

A apresentação do grupo trouxe uma sensibilidade e uma sensatez à nova turnê sem colocar defeitos, onde nem os anos de estrada traduzam tanta dedicação à música e ao sentimento.

 

Texto: Ellen Visitário
Fotos: Jéssica Liar

 

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Jornalista, apaixonada por música, café e literatura. E atua como redatora do blog Rock 80 Brasil desde agosto de 2012. Portfólio: http://ellenvisitario.wixsite.com/portfolio