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Humberto Gessinger estreia turnê “Desde aquele dia – A Revolta dos Dândis 30 anos” no Vivo Rio

Na última sexta-feira, 17, Humberto Gessinger estreou a turnê “Desde aquele dia – A Revolta dos Dândis 30 Anos” no Rio de Janeiro. E, sim! O blog Rock 80 Brasil conferiu de perto o show!

No universo jornalístico, temos que seguir – e respeitar – o deadline, o tempo máximo que você tem para entregar determinada reportagem ao seu chefe.

Então, para não deixar esfriar, prometi ao Fabrício que postaria a resenha do show no dia seguinte. Mas essa promessa foi feita antes do show começar, antes de ter daquela sensação de ver tudo de perto.

Começou!

Eu poderia detalhar aqui a seqüência de músicas que Humberto Gessinger tocou ao longo das quase duas horas e meia de show. Mas decidi – que perigo, jornalista! – retratar de uma forma diferente.

Voltamos, enfim, ao início de um show comemorativo: três décadas do segundo disco lançado pela eterna banda Engenheiros do Hawaii. A Revolta dos Dândis. Mil e novecentos e oitenta e sete. Desde aquele dia. Mas com novos arranjos para as 11 faixas do álbum. E os pés de Gessinger na highway da nova turnê.

Dessa vez, o risco era outro. O que será que os fãs sentiriam após uma estreia? Ali, no Vivo Rio, pelo menos três gerações de fãs se esbarravam e viam o power trio gaúcho no palco, dando o melhor.

O cenário da turnê remete a uma estrada que o artista conhecia muito bem. Além das clássicas que compõem o disco A Revolta dos Dândis, lá estava o músico dando uma chance a si mesmo de tocar músicas que nunca foram gravadas, como por exemplo, “O que você faz à noite” e “Olhos abertos”.

Fora a versão de “Filmes de Guerra, Canções de Amor”, em um arranjo muito mais leve, e a junção de “Vozes” com “Terra de Gigantes”, o que mais me chamou a atenção foi o comprometimento de Humberto em tocar o disco na íntegra. Sim, o lado além do B estava na setlist. E, por incrível que pareça, o público não deixou de cantar nem um minuto – até mesmo em “Guardas da Fronteira”, o lado mais Z de toda a trajetória do gaúcho.

A noite de estréia no Rio de Janeiro foi o pontapé para que Gessinger também se avaliasse nesses tantos anos dedicados à música, agora, então, com uma empreitada maior: rodar pelos quatro cantos do país ao lado de Nando Peters (guitarra e violão) e Rafael Bisogno (bateria e percussão).

Resta-nos, agora, esperar o que está por vir de uma turnê que ainda dará muito o que falar.

E sentir.

 

Texto: Ellen Visitário
Foto: Pietro Gracia

Jornalista, apaixonada por música, café e literatura. E atua como redatora do blog Rock 80 Brasil desde agosto de 2012. Portfólio: http://ellenvisitario.wixsite.com/portfolio