No último sábado, 26, o Festival “Live Sessions” apresentou três bandas consagradas do velho e bom Rock 80 Brasil. Lá estavam o RPM, Biquini Cavadão e Titãs dividindo o mesmo palco no Citibank Hall, em São Paulo.
Assim que o relógio apontou 21h, subia ao palco o RPM para iniciar o show. Um público ainda tímido, porém, receptivo, se empolgava a cada hit que o Paulo Ricardo relembrava, como “Rádio Pirata” que animou àqueles que estavam presentes.
Voltando ao túnel do tempo, os caras do RPM embalaram a noite com “Juvenília” e “Alvorada Voraz”, e com tantas canções marcantes a banda ainda homenageou o Cazuza e cantou “Exagerado”.
Com tantos agradecimentos feitos, “Olhar 43” fez com que o público cantasse em coro uma das músicas que mais impactou uma geração. Mas a banda não só relembrou o início de sua carreira, como tocou uma das novas canções do álbum Elektra, “Dois Olhos Verdes” que não desaminou a ocasião.
Mas a noite de muita música não parou por aí! Em seguida, quem dominava o palco após a apresentação do RPM era o Biquini Cavadão.
O Bruno Gouveia em suas performances e composições, não deixou o público desanimar sequer nenhum momento e embalou o show com “Dani”, “Impossível”, “Múmias” e tantos hits que emplacaram tantos anos de estrada. E relembrando outras bandas da mesma geração, o Biquini cantou “Inútel”, do Últraje a Rigor e “Astronauta de Mármore”, da banda gaúcha Nenhum de Nós.
Tanto o público quanto os músicos, todos demonstravam a mesma euforia e nostalgia no Citibank Hall. E sem deixar escapar as novas canções do álbum “Roda Gigante” que foi indicado ao Grammy Latino, o grupo fez bonito com “É Dia de Comemorar”, “Amanhã é Outro Dia” e “Roda Gigante”. Com direito a mosh durante o show e participação de um fã no palco, a banda encerrou a noite com “Zé Ninguém”.
Opá! Eu disse “encerrou”? Pelo menos não naquela hora, afinal os nossos correspondentes também presenciaram o show que os Titãs deram naquele palco.
Assim que a banda entrou, o público não estava nem um pouco exausto de estar naquele festival, e cantou junto os hits marcantes “AA UU”, “Polícia” e “Flores”. O Paulo Miklos que dominava o vocal com o Branco Mello e Sérgio Britto, e Tony Bellotto nas guitarras, expulsava dentro de si a satisfação de dividir o palco, pela primeira vez, com duas bandas revolucionárias.
Os Titãs que tanto falavam e demonstravam as suas opiniões em forma de música, cantaram três canções inéditas “Fardado”, “Chegada ao Brasil (Terra À Vista)” e “Mensageiro da Desgraça” de um álbum que será lançado em breve, intitulado “Nheengatu”.
Fora as canções já conhecidas e cantadas pelo público como “Desordem” e “Vossa Excelência”, a banda convidou o Bruno Gouveia e cantaram juntos “Sonífera Ilha”.
A noite de sábado na capital paulista foi testemunha do quanto o rock nacional estava presente e envolvendo gerações de fãs que retribuíam aos shows a extrema satisfação de curtir o que muitos achavam que não existia mais: o Rock 80 Brasil.
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Cobertura: Ellen Visitário
Fotos: Raphael Prado