Lá na década de 70 e um pouco na de 80 era comum vermos as bandas de rock americanas associadas ao satanismo, imagens de monstros, demônios e mais uma série de coisas. No Brasil também tivemos alguns casos, mas não foi a maioria. Porém alguns dos nossos roqueiros dos anos 80 trataram de religião de alguma forma, um tema sempre um pouco complicado, afinal: fé é fé. Vamos lembrar alguns casos do nosso Rock 80 Brasil.
Se Humberto Gessinger ganhasse R$ 1,00 cada vez que a mídia e as pessoas citassem “o papa é pop”, nosso roqueiro gaúcho já estaria entre os 10 milionários do planeta. Com a vinda do papa ao Brasil então, nem se fala. A música “O papa é pop” está no disco homônimo dos Engenheiros do Hawaii, de 1990. A canção fala do universo pop, que nem mesmo o papa se salva (desculpe o trocadilho). E não é que foi este o disco que a banda ficou mais pop? Pois é: arte e realidade de mãos dadas.
Outra música que deu o que falar foi “Igreja”, dos Titãs, que está no disco “Cabeça Dinossauro”, de 1986. De autoria de Nando Reis, a canção chegou a causar algum tipo de “estranhamento” até mesmo dentro do grupo. Contam por aí que por um tempo o titã Arnaldo Antunes se recusava a ficar no palco quando a música era tocada em shows.
E para fechar, a música “Se fiquei esperando meu amor passar”, da Legião Urbana, que está no álbum “As quatro estações”, de 1989. A música fala de amor (assim como tantas outras que só Renato Russo sabia fazer) e lá no final Russo cantava a oração Cordeiro de Deus ou Agnus Dei (em latim), uma expressão usada no cristianismo para Jesus Cristo como salvador. Esta oração é citada ou cantada nas missas na fração do pão eucarístico. É isso aí!