O ano é 1984. O BRock estava indo bem, obrigado. Uma das bandas que já entrava na “dança” era Os Paralamas do Sucesso. No ano anterior havia lançado um bom disco, o que deixou a crítica e público ainda mais “ansiosos” de um trabalho melhor ainda. E foi o que aconteceu.
O álbum “O Passo do Lui” foi lançado em 1984 e lá estão clássicos do grupo e do nosso Rock 80 Brasil. Das 10 músicas do álbum, pelo menos oito tocaram e tocam até hoje nas rádios e mais em um monte de lugares, como “Óculos”, “Meu Erro”, “Fui Eu” e um bocado mais. Leia abaixo o comentário sobre o disco que está na página oficial do grupo. E lembre-se: ouça as músicas, mas compre o CD original.
“Assim como foram uma das primeiras bandas a gravar um LP, Os Paralamas vinham na comissão de frente dos que enfrentariam a síndrome do segundo disco. Para muitos o rock era só mais uma moda de verão e, com isso, aquele se tornava um momento crucial. A curva ainda era ascendente, as gravadoras investiam, a TV começava a descobrir o potencial de um novo boom da cultura jovem e muitas bandas estavam por estrear. Um descuido de quem estava a frente poderia ser fatal para os que vinham atrás.
Eis que então a banda chega trazendo a mão uma fileira de hits empacotada sob o nome de “O passo do Lui”. O lado A era “só”: Óculos, Meu erro, Fui eu, Romance ideal e Ska. Era só virar o disco pra continuar com Mensagem de amor, Me liga, Assaltaram a gramática, Menino e menina e O passo do Lui. Das dez, pelo menos sete tocaram em rádio e viraram hits memoráveis. Pra completar, logo depois veio o tal do show no Rock’n Rio…
O trio menos falado no início do festival saiu de lá aclamado como o melhor show brasileiro e a maior revelação. Do dia pra noite, passaram a ser reconhecidos nacionalmente e a tocar em todos os cantos do país. A brincadeira na casa da vovó Ondina definitivamente tinha virado coisa séria. Enquanto corriam o país de norte a sul pela primeira vez, o país via um civil ser eleito presidente depois de mais de duas décadas, e a esperança no futuro alimentava a todos. Depois de tanta estrada, o olhar daqueles três caras sobre o país também nunca mais seria o mesmo.”