Lobão havia deixado seu posto de baterista da Blitz. O disco já havia sido gravado e “Você Não Soube Me Amar” arrebentava nas rádios. Blitz continuava a seguir seu caminho e Lobão o seu, com disco solo. Mas com a saída do grande Lobo da Blitz, as baquetas precisavam ser ocupadas por alguém… e rápido.
Como conta Rodrigo Rodrigues no livro sobre a Blitz, Roberto Gurgel, o Juba, estava tocando em um barzinho quando recebeu o telefonema de um amigo que pediu para ele arrumar as coisas e tentar o posto. Juba terminou seu ofício às 4 da matina e pegou seis horas de estrada e chegou na Odeon, onde estava sendo feito os testes. No caminho a fita da Blitz rodou e rodou e rodou.
O clima era tenso. A turma parecia que não estava gostando muito dos candidatos. O grande teste era a música “Mais Uma de Amor (Geme, Geme)”. Era nesta canção que os candidatos caiam, tamanha dificuldade que era. Juba, no livro, analisa que Lobão colocou uma batida reggae, depois passa para uma afro-reggae. Qualquer deslize é um “tombaço”. E lá foi Juba, o último candidato. Acostumado a tocar covers, Juba passou pelo desafio. Estava lá o novo baterista da Blitz.