“Vital andava a pé e achava que assim estava mal”. Quem não se lembra do Vital e de sua moto, que ficaram eternizados na canção dos Paralamas do Sucesso?! O que talvez alguém não saiba é que Vital não é ficção: ele foi o primeiro baterista dos Paralamas do Sucesso.
Dapieve conta que no final da década de 70 a família Vianna deixa Brasília e muda para o Rio de Janeiro. A mudança foi a desculpa para o pequeno Herbert se trancar no quarto e mergulhar na sua guitarra Fender. Depois, o amigo Bi Ribeiro, também de Brasília, muda para o Rio. Compra o baixo. Faltava então um baterista. No cursinho pré-vestibular encontram um cara chamado Vital Dias. O trio estava formado.
No começo era ensaio em todos os finais de semana no apartamento da avó do Bi, a vó Ondina. Com a entrada dos meninos na faculdade os ensaios foram perdendo força até parar e deixar os vizinhos da vó Ondina felizes. Desanimados com a faculdade, eles voltam, agora sim com o nome Paralamas do Sucesso e se inscrevem, em 1981, no Festival da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Foram desclassificados, mas conseguiram o bônus de tocar no intervalo. Na hora da apresentação, cadê o Vital? Foi um amigo do Bi que sugeriu e foram lá correndo buscar o João Barone. Assim foram levando: um guitarrista, um baixista e dois bateristas. No ano seguinte foram se apresentar de novo em um barzinho na UFFRJ. Cada baterista tocaria duas músicas, revezando as baquetas. Vital tocou, depois veio Barone… e Vital não voltou mais.