Os Titãs não eram os mesmos na mudança da década de 80 para a de 90. Depois do álbum “Õ Blésq Blom”, o grupo lançou em 1991 o “Tudo ao mesmo tempo agora”, com guitarras pesadas e palavras nada sutis. No final de 1992 Arnaldo Antunes, o que muitos chamavam de o cabeça dinossauro dos Titãs, saiu do grupo.
Os Titãs sempre pregaram que no grupo não havia um líder, mas Arnaldo se destacava por diversas maneiras. No documentário “A vida até parece uma festa” o grupo conta que Arnaldo chegou em um ensaio e disse que estava pensando em sair da banda. Eles então pediram para ele pensar mais a respeito. No outro dia ele voltou e reafirmou sua vontade. Mas na época houve algum burburinho, o que pareceu não ter sido tão tranquila a saída de Arnaldo.
Arnaldo vinha se destacando em outros tipos de trabalhos e composições, fora dos Titãs. Sua veia artística ultrapassou a música e entrou no terreno do audiovisual e poesia. Tanto é que em 1994 Arnaldo lançou o disco-livro-vídeo “Nomes”. Concretismo de sobra.
O primeiro show dos Titãs sem Arnaldo foi justamente no dia 05 de março de 1993, na Argentina.
Ótima matéria!