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A morte de Negrete

O Rock 80 Brasil acordou mais triste na manhã de ontem (22). Foi encontrado morto em um hotel na cidade de Guarujá, vítima de um infarto, o ex-baixista da Legião Urbana Renato da Silva Rocha, conhecido como Negrete.

Rocha, que tinha 53 anos, era da turma dos jovens punks de Brasília. Antes da Legião tocou nas bandas Gestapo, Hosbond Kama e Dents Kents. Não fez parte da formação inicial da banda, que era formada por Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá. A Legião Urbana foi criada em 1982 após o fim do Aborto Elétrico.
Já com contrato assinado com a EMI para o primeiro disco, Renato Russo, que tocava baixo, cortou os pulsos e assim Renato Rocha, amigo do Marcelo Bonfá, é chamado para integrar o grupo e permanece na Legião nos três primeiros discos: “Legião Urbana” (1985), “Dois” (1986) e “Que País é Este?” (1987). Chegou a participar inicialmente do disco “As Quatro Estações” (1989), mas foi expulso da banda antes das gravações finais. Segundo depoimentos na época, Rocha “parecia não estar mais a fim da banda” e faltava de ensaios e de apresentações.
No primeiro disco da Legião Urbana (1985) Renato Rocha participou do arranjo de “A Dança”. No “Dois” (1986) participou da composição de “Daniel na Cova dos Leões”, “Quase Sem Querer”, “Acrilic on Canvas” e “Plantas Embaixo do Aquário”. No “Que Pais é Este” (1987) assinou a composição de “Mais do Mesmo” e “Angra dos Reis”.
Em 2012 uma reportagem do “Domingo Espetacular”, da TV Record, mostrou o ex-baixista da Legião como morador de rua, o que causou trocas de insultos e acusações, envolvendo principalmente os ex-colegas da banda Dado e Bonfá. Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo passou a apoiá-lo. Ele também participou do Tributo a Renato Russo, em 2013.
 
 

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