Rital Lee anunciou neste final de semana que irá se aposentar dos palcos. “Dos palcos”, enfatizou a tia do rock nacional. A música ainda continua na sua vida (e coloca música nisso). A tia falou que tem músicas para pelo menos cinco discos.
Rita Lee passou pela década de 80 sem estar no “glamour” do BRock, como chama Dapieve. Mas se tem alguém que mereça respeito no rock Brasil, uma dessas pessoas é Rita Lee.
Foi ela, quando integrante dos Mutantes, que, ao lado de Caetano Veloso, introduziram a guitarra na música popular brasileira. Simples? Claro que não. Estamos falando do final da década de 60, época em que havia um movimento anti-americanização no país. E a guitarra era um símbolo do rock americano, da cultura americana. Isso sim é atitude.
Com os Mutantes, além de integrar o disco Tropicália, grava dois discos. Depois de se aventurar em uma dupla, forma a banda Rita Lee & Tutti Frutti e depois “quase” carreira solo. “Quase” pois tem uma parceria até hoje com o marido e guitarrista Roberto de Carvalho.
Vários grupos dos anos 80 a reverenciam. Não há dúvida que Rita Lee não é só a “tia” do BRock, mais sim um dos alicerces para que o rock viesse a ser o que foi. Entendeu?! Coisa de Lee, Rita Lee.

Fabricio Mazocco é jornalista, doutor em Ciência Política, professor universitário, fã de rock e criador do blog Rock 80 Brasil.